Previdência Privada

É uma forma de complementar a aposentadoria paga pelo INSS, a previdência pública, direito de todo cidadão que cumprir os requisitos. Com ela, é possível se planejar financeiramente para ter uma vida mais confortável no futuro.

O que é previdência privada?

A previdência privada é uma aplicação financeira que funciona como uma alternativa de renda complementar para quem não quer depender apenas dos valores pagos pela previdência social, vinculada ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Assim sendo, a previdência privada é um tipo de investimento de longo prazo. Com aplicações frequentes, o investidor consegue acumular uma quantia para usufruir após determinado período, quando já estiver parando de trabalhar, isto é, aposentado.

O valor a ser resgatado ao final pode variar de acordo com alguns critérios, como:

  • valor inicial investido
  • valor total investido
  • prazo do investimento
  • tipo de previdência privada
  • rentabilidade

É importante destacar que, antes de fazer um plano de previdência privada, é fundamental buscar empresas idôneas. Instituições sólidas poderão oferecer benefícios atrativos e darão segurança para que você chegue à aposentadoria sem surpresas desagradáveis.

Verifique se a instituição financeira do seu interesse está devidamente registrada nos órgãos reguladores. O Banco Central do Brasil é responsável por fiscalizar todas as operações financeiras realizadas por bancos no país.

Mas a previdência privada também possui um órgão regulador próprio: a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que é responsável pela organização e bom funcionamento dos seguros particulares.

Além disso, é muito importante estar ciente de todas as condições e exigências da instituição e do plano de sua escolha, para que não haja mal entendido e frustração.

Agora que você já sabe o que é previdência privada, que tal entender melhor como ela funciona?

Como funciona a previdência privada

Muitas instituições que disponibilizam previdência privada oferecem planos diversificados. Isto é, dependendo da seguradora que escolher e de suas preferências, poderá adquirir um plano com depósito único ou um plano com contribuição menor durante vários anos, por exemplo.

Assim sendo, o tipo de plano, o valor aplicado e o tempo de contribuição vão influenciar a quantia a ser recebida ao fim do prazo combinado.

No que se refere ao resgate do benefício, existem diferentes formas de realizá-lo. Os principais são:

  • Plano de resgate total: é feito o resgate do total acumulado durante o período do investimento.
  • Plano de renda mensal temporário: o benefício é pago de forma parcelada até data determinada em contrato.
  • Plano de renda mensal vitalícia: são feitos pagamentos mensais até o falecimento do investidor.
  • Plano de renda mensal vitalício transferível: são feitos pagamentos mensais até o falecimento do investidor. A partir dali, um beneficiário determinado em contrato passa a receber o benefício. Também há possibilidade de que, em caso de falecimento do beneficiário, o valor passa a ser pago a seus filhos menores de idade.

Na hora de contratar um plano, é preciso saber com clareza qual será o método de devolução do valor aplicado e quais taxas deverão ser pagas. Dessa forma, você evita surpresas desagradáveis e pode fazer planos sem o risco de ter que abrir mão deles por causa de um descuido.

Por falar em tributação, existem duas tabelas: a regressiva e a progressiva. E é importante ter bem claro qual tabela o plano contratado segue.

Tabela regressiva

A alíquota de imposto varia de acordo com o prazo do investimento. Para aplicações com duração de até dois anos, a alíquota é bem maior do que para os planos com duração de 10 anos ou mais.

Ou seja, quanto mais tempo durar o plano de previdência privada, menor será o percentual a ser pago. Dessa forma, é uma opção mais indicada para quem pretende investir no longo prazo.

Tabela progressiva

Esta tabela funciona de acordo com o valor a ser pago mensalmente. Isto é, a alíquota do imposto varia de acordo com a quantia recebida no mês. Deste modo, pode ser uma opção interessante para quem pretende resgatar o benefício em parcelas até determinado valor.

Quando falamos em tributação, os tipos de previdência privada estão diretamente ligados a este tema. Entenda a seguir a diferença entre eles.

Tipos de previdência privada

Atualmente, existem dois principais tipos nesta categoria e você provavelmente já deve ter ouvido falar destas siglas: PGBL e VGBL. Entenda cada uma delas:

Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)

Este tipo de previdência privada é mais indicado para quem possui renda mais alta, uma vez que os valores pagos ao plano podem ser descontados no Imposto de Renda. É preciso estar atento pois o valor deve corresponder a até 12% do total da renda do investidor.

No PGBL, o imposto incide sobre todo o valor resgatado. Ou seja, se um investidor resgatar uma quantia de R$500 mil após 15 anos, o imposto incidirá sobre esse valor.

Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)

Este tipo é mais indicado para quem não possui renda muito alta, que declara IR direto na fonte ou para quem deseja aplicar mais que 12% da sua renda anual no plano de previdência privada.

A grande diferença entre PGBL e VGBL é que, neste último, o imposto incide apenas sobre os rendimentos da aplicação. Assim, se na hora do resgate o investidor tiver uma quantia total de R$500 mil que renderam R$50 mil durante o período de investimento, o imposto incide apenas sobre o rendimento de R$50 mil.

Vantagens e desvantagens da previdência privada

Antes de tomar qualquer decisão de investimento, é importante colocar na balança seus prós e contras. Se você está pensando em fazer uma previdência privada, confira os pontos que contam a favor e os pontos que jogam contra este tipo de investimento.

Vantagens

  • Não exige idade mínima, portanto pode ser uma opção para pais que desejam planejar o futuro dos filhos desde pequenos.
  • Pode servir como um incentivo à construção de uma reserva financeira, já que o investidor terá o compromisso de destinar parte de sua renda para o plano.
  • É possível fazer a portabilidade do plano de previdência privada entre instituições financeiras.
  • É possível alterar o valor de contribuição e até mesmo suspender o pagamento do plano por certo tempo, enquanto isso a quantia aplicada continua rendendo.

Desvantagens

  • Muitos planos oferecem rentabilidade menor que a da poupança. Ou seja, o dinheiro aplicado rende muito pouco e, em alguns casos, pode ser negativo.
  • Taxas, como de administração e de carregamento, podem afetar a rentabilidade do investimento.
  • Não é muito vantajoso no curto prazo devido ao pagamento de impostos.
  • O investimento em previdência privada não é assegurado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ou seja, caso o banco em que foi feita a aplicação declare falência, o investidor corre o risco de perder todo capital investido.
  • Nem todos os planos oferecem boa liquidez. Isso significa que, caso ocorra uma emergência e seja necessário resgatar o valor antes do prazo, pode ser que o saque não seja feito imediatamente.
  • Existem opções de investimento que podem oferecer retornos mais interessantes do que a previdência privada, por exemplo o Tesouro Direto e até mesmo a Bolsa de Valores.

Como foi possível perceber, a previdência privada possui vantagens, mas também desvantagens. Portanto, na hora de planejar seu futuro tranquilo é essencial ter todas as informações em mãos.

Uma dica preciosa para construir sua aposentadoria do jeito que sempre sonhou é pesquisar bastante e estudar as diferentes opções de investimento disponíveis no mercado. Com conhecimento, suas chances de alcançar seus objetivos financeiros serão maiores e aposentar não será um momento de preocupações e sim de realizações.

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